Na estrada de Pompéu me apareceu um velho
Velhas roupas e chapéu e um olho cego
Me perguntou o que havia de novo nesse mundo
Eu disse guerra, crime e ele
O mundo não me assusta
O mundo só me insulta
Numa viela em Corumbá me apareceu um ÃÂndio
Um cigarro em cada mão e um tênis só
Me disse que era de uma tribo subindo o Paraguai
Mas esta tribo já não há
E o mundo não me assusta
O mundo só me insulta
No fliperama do Sion me apareceu o anjo
Olhos tristes e batom e uma ficha só
Me perguntou se eu precisava de alguma coisa ali
Eu disse sim, uma resposta
Mas a pergunta me assusta
Mas a pergunta
Num trecho entre inferno e céu os dois tão absortos
Torre, bispo, Diabo e Deus e um silêncio só
Segui em frente e pude ouvir um fio de conversa
Ele disse em claro som
O mundo não me assusta
O mundo só me insulta
Vou deixar, vou deixar você pensar que o tempo parou
Vou dançar, vou dançar até chover
Razões pra viver morder o calcanhar do tempo pro tempo correr